Por entre bancários, automóveis, ruas, a avenida e a Praça.
E quando milhões de buzinas silenciam, ainda que disparem, no momento exato em que as retinas se desviam da luz ofuscantes dos para-brisas, estão elas, as esculturas retorcidas e inexatas, agudas e solenes, desafiando sensibilidade de cidade, mar e ilhas com seus riscos.
Não é esse o papel do artista?
Correr riscos não é do artista o ofício?
Ser artista não é ser solidário e teimosamente solidário?
Não é acreditar que o mundo pode ser transformado a pau e pedra, só que com verniz, sutileza, suavidade,lixa e cinzel?
Ser artista não é ser herdeiro das fagulhas de Prometreu, aquele louco Deus grego que inventou os homens e lhes deu o fogo e lhes mostrou o ferro adormecido debaixo da terra?
Alguns homens, os mais covardes, fizeram armas, outros, fizeram arte, assim desafiaram outros deuses numa sucessão interminável.
O papel da arte é o desafio?
Só que um desafio da nossa capacidade de amar. O desafio do tempo, do espaço da percepção. Não é submeter-se ao misto de amor e ódio amoroso?
Para isso é que a arte se expõe na Avenida e na Praça. Se submete ao jugo do sensibilidade, ainda que represente um anjo ou um papel retorcido abandonado na calçada. Não é o papel atirado que importa, dói o abandono, a solidão das grandes capitais que nos isola, nos amedronta, nos converte em adversários neste “Vale de Lágrimas”, que nos faz cegos de tanto ver, e que, de repente, ao nos defrontarmos assim com a arte, com a sutileza das curvas, o tom, o silêncio barulhento da visão, quem saber, quem sabe uma réstia de amor se ilumine e esse amor nos faça ver aquilo que o artista nos pediu para ver, e aí, aí não seremos maios os mesmos, porque é impossível voltar atrás naquilo que a arte nos mostra.
E quando milhões de buzinas silenciam, ainda que disparem, no momento exato em que as retinas se desviam da luz ofuscantes dos para-brisas, estão elas, as esculturas retorcidas e inexatas, agudas e solenes, desafiando sensibilidade de cidade, mar e ilhas com seus riscos.
Não é esse o papel do artista?
Correr riscos não é do artista o ofício?
Ser artista não é ser solidário e teimosamente solidário?
Não é acreditar que o mundo pode ser transformado a pau e pedra, só que com verniz, sutileza, suavidade,lixa e cinzel?
Ser artista não é ser herdeiro das fagulhas de Prometreu, aquele louco Deus grego que inventou os homens e lhes deu o fogo e lhes mostrou o ferro adormecido debaixo da terra?
Alguns homens, os mais covardes, fizeram armas, outros, fizeram arte, assim desafiaram outros deuses numa sucessão interminável.
O papel da arte é o desafio?
Só que um desafio da nossa capacidade de amar. O desafio do tempo, do espaço da percepção. Não é submeter-se ao misto de amor e ódio amoroso?
Não é reconstruir e reinventar as coisas, o mundo e o homem?
Para isso é que a arte se expõe na Avenida e na Praça. Se submete ao jugo do sensibilidade, ainda que represente um anjo ou um papel retorcido abandonado na calçada. Não é o papel atirado que importa, dói o abandono, a solidão das grandes capitais que nos isola, nos amedronta, nos converte em adversários neste “Vale de Lágrimas”, que nos faz cegos de tanto ver, e que, de repente, ao nos defrontarmos assim com a arte, com a sutileza das curvas, o tom, o silêncio barulhento da visão, quem saber, quem sabe uma réstia de amor se ilumine e esse amor nos faça ver aquilo que o artista nos pediu para ver, e aí, aí não seremos maios os mesmos, porque é impossível voltar atrás naquilo que a arte nos mostra.
Conjunto Cultural da Caixa - SP