Os híbridos captam para si todo o olhar e estimulam o espectador a fazer cognição com seres já vistos, criados por lembranças, fragmentos e narrações diversas.
Sigo mostrando determinados processos que acontecem na natureza, imperceptíveis, que se situam na relação visível e invisível, que levam a outras dimensões, como a finitude e a unidade entre todas as coisas. Neles a ecologia se mistura à vivência dos homens, aves, mamíferos, repteis, e neo romantismo.
Continuo voltando à natureza desejando descrevê-la ou interpretá-la, mas senti-la.
Deixo que se registre por si, contando comigo apenas como uma ponte para o interior dos homens. Proponho que despertem, deglutindo estas criaturas, ora bizarras, ora cheias de sensualidade e vida. Não deixando que se esqueçam da responsabilidade por sua manutenção e preservação, dos vários aspectos físicos e metafísicos do nosso universo.
Acredito que a arte do século XXI será voltada para os valores humanos e espirituais, intuindo a humanidade a caminhas no sentido da verdadeira evolução. Retorna-se à lei rítmica universal, evocando forças e energias da natureza que nos escapam, embora possam atuar sobre nós.
Proponho a retomada da relação perdida entre o ser humano e o meio ambiente.
Vânia Vilela